Nunca mais adolescente, nunca mais a menina da mamãe, nunca mais a menina de ninguém.
Hoje 21 anos. Apavorada com esse número, na realidade acho que tenho medo de a vida acabar, medo de morrer, medo de ver a vida passar e eu não me permitir ou não conseguir fazer muita coisa.
Descobri que o medo é de envelhecer, não de ficar enrugada, ou com problemas. É medo de o tempo passar muito rápido e quando for a hora de olhar para trás perceber que nada fiz, que nada de bom deixei para os outros e confesso, medo de ficar sozinha, que minhas amigas sigam outros caminhos, que meus pais e avós morram, que minha família mude.
Ontem a noite foi a comemoração, foi uma festa tão boa que por algumas horas esqueci que era meu aniversário, que o tempo havia passado e que estava passanda. Brinquei que a partir de agora os aniversários serão regressivos, ano que vem faço 20 de novo.
To pensando em seguir um conselho ouvido a um tempo atrás e fazer uma lista para daqui a alguns anos, metas, objetivos, vontades, tudo. Uma lista que me guie, um mapa do caminho que deve ser percorrido.
Todo ano é uma data tão feliz, mas nesse eu não consigo ter esse sentimento, to angustiada com esse aniversário, agoniada, indecisa.
Vou esperar essa sensação passar e a felicidade de ontem voltar. Mas já tenho um objetivo traçado: PERMITIR-ME.
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