domingo, 13 de fevereiro de 2011

AVATAR

Acabei de ver AVATAR. Sem palavras para descrever esse filme. Simplesmente SENSACIONAL. É incrivelmente divino. Não só pelos efeitos especiais maravilhosos, mas também pela mensagem transmitida. Toda a guerra entre bem e mal tomam proporções que nos tocam além da história. É como tocarem na ferida da humanidade, usando para isso um povo desconhecido.
O filme transmite o medo de ter seu mundo destruído, e a ideia da capacidade de impedir tal destruição.

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

muitos anos

Eles tinham uns cinco anos quando se conheceram. Tinha muita gente naquele almoço e toda aquela criançada junta era só bagunça mesmo, mais nada. Os pais eram amigos e consequentemente as mães também e eles eram obrigados a "trocar figurinhas". Trocavam mesmo eram farpas e nada mais. Ele dizia que menina não podia brincar, ela ficava de bico por causa daquela rejeição estúpida. E assim eles cresceram, sempre juntos, sempre brigando, sempre brincando.
Estavam lado a lado quando a Seleção perdeu a Copa de 98, e também estavam juntos na comemoração do Penta. Depois disso nunca mais se viram.
Foram crescendo, ficando adultos. Algum dia sem querer eles encontraram um ao outro na internet. Bom reencontrar um velho amigo. Nesse dia ela se sabia mulher e também sabia que não queria mais brincar de nada.
Algum tempo depois os pais deles foram visitar os dela. Saudades dos tempos de criança, ao ouvi-los falar dos meninos as lembranças foram saindo dos armários da memória e tudo ficou tão vivo, tão cheio da falta dos risos e das brincadeiras.
Foram algumas as visitas que somente o casal veio e, sempre ficava aquele vazio na casa por os meninos não estarem ali. Mas afinal, todos eram adultos e cada qual tinha suas responsabilidades.
Qual não foi sua surpresa quando o amigo de seu pai liga a ele marcando um jantar, dizendo que os meninos vieram junto. Agora sim, todas as lembranças pularam das prateleiras e foram tirar a poeira do corpo. Ai medo de parecer criança de mais, ou quem sabe não agradar com a personalidade que se formou com o passar dos anos.
Todos chegaram, ela saiu do quarto e foi ao encontro deles, cumprimenta o pai, o filho mais novo, a mãe e depois ele. Ah, não tinha pensado na possibilidade de ele crescer tanto, ficar tão bonito, tão assustadoramente sedutor. Se abraçaram como velhos amigos e sabiam que ali não era só isso.
Depois da janta, resolveram os cinco dar uma volta, foram ao shopping mesmo, só sair um pouco para espairecer. Um cineminha caia bem naquele dia. O medo dela era ele sentar-se longe, mas não se consolidou. Ele abriu a porta da sala para ela e a seguiu, sentou ao seu lado. Um x zero.
Muitos toques de braços depois, as mãos se encontraram em um carinho que fez audivéis suas respirações. Ela vira para ele e solta: "Quer ver o fim do filme mesmo?" - "Não quero não!" - "Então vamos!". Ela o seguiu para fora do cinema. Foi o tempo de um olhar o olhos do outro para saberem qual seria o próximo passo. 
O beijo a transportou para outro mundo. Ele a olhava de uma forma irresistível, fazendo o sorriso ficar em seus lábios. 
Sairam do shopping de mãos dadas, tentando se acostumar com a idéia de estarem juntos. Aproveitaram o restante da noite até o momento de ele ir embora.
No dia seguinte aproveitaram o sol juntos em uma praça no centro da cidade. Conversaram sobre os anos que ficaram sem se ver, sobre a noite anterior, sobre o que estava rolando entre eles.
No fim do dia ele voltou para sua cidade e ela por aqui ficou, pensando no dia que ele irá voltar e tudo começar de novo.