domingo, 24 de fevereiro de 2013

perfeição



E ai você percebe que a vida pode ser quase perfeita.
Do nada, o mundo dá aquela virada. As pessoas voltam a ocupar seus lugares de direito, a vida volta a caminhar e você enxerga tudo com outros olhos.
Talvez a culpa também tenha sido sua. Quem saber, se você pensasse duas vezes antes de falar, haveria menos briga. Ou pode ser que aquele defeito que lhe incomoda tanto no outro, não seja tão grande assim, e se o seu defeito atrapalhar mais? É dada a treguá tão necessária a essa guerra. Você une os amigos amados e vão para uma festa, ouvir música boa e tomar cerveja gelada.No dia seguinte, a foto de todos sorrindo lhe traz a lembrança da noite anterior e você pensa que sim, a vida pode ser perfeita.Tudo funciona: família, amigos, amores, trabalho. E só temos a agradecer, pelo mundo girar e a vida continuar andando para frente.

terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

Somos um e somos tantos


Éramos tão crianças, sentíamos como se fossemos adultos e levávamos nossa responsabilidade muito a sério. Cantávamos pelo simples prazer de soltar a voz, de estar juntos de amigos, de ser nós mesmos.
Hoje, em um momento nostálgico, resolvi procurar vídeos nossos. Naquela época, a internet não era tão difundida, mas quem sabe alguém não tivesse guardo esses arquivos e colocado-os em algum lugar na rede.
E eu achei. E a cada música que ouço, cada vídeo que vejo, a pele se arrepia, a barriga gela como nos momentos de subir ao palco e cantar para tanta gente. 
Passaram-se tantos anos, diversos momentos maravilhosos ocorreram depois daqueles, mas esse amor nunca acabará.
A saudade me consome, não, ela não dói. Aprendi que precisamos passar por diversas experiências para crescer, para amadurecer. Mas foram os mais lindos dias da minha vida. Nunca irei esquecer os momentos passados ao lado de todos os participantes do Harmonia Vocal. 
Nós éramos lindos, perfeitos do nosso jeito. Vibrávamos a cada conquista, cada apresentação bem sucedida, cada viagem terminada com sucesso. Colhíamos os frutos doces do trabalho árduo e prazeroso.
Acredito, que assim como eu, todos os que fizeram parte do grupo cresceram muito nos anos em que cantaram juntos. Aprenderam a ter responsabilidades, a acreditar em si mesmos, a não deixar ninguém dizer que algo é impossível de ser feito. 
Nós somos especiais, porque fizemos amigos que nunca esqueceremos. Talvez nunca mais eu volte a reencontrar todos os colegas, mas sempre lembrarei do quanto foram importantes em minha, de todas as risadas dadas e das horas passadas juntos.



sábado, 9 de fevereiro de 2013

"Alice não me escreva aquela carta..."

Olá.
Demorei um pouco para escrever não é mesmo? Desculpe-me. Realmente a minha intenção era deixar tudo o mais claro possível, transparente se fosse necessário. Mas forças maiores impossibilitaram essa resposta.
Pois bem, venho por meio deste lhe informar que acabou. Sem dó nem piedade, ou chororô de fim de novela. Simples assim.
Talvez tenhamos gostado do drama, da dor e do que um provocava no outro. Mas chega né!? Somos adultos e se ainda não deu certo, porque dará justo agora? Quando tantas coisas erradas já aconteceram e não conseguimos consertar. 
Tudo bem, talvez eu tenha persistido mais no drama do que você, desculpe-me novamente. Acho que o drama de certa forma me mantinha ligada a você. Bobagem né!? Poderia ser tudo muito mais fácil se fossemos menos dramáticos, gostássemos um pouco menos da catarse e ela não nos mantivesse tão humanos.
No momento, enquanto escrevo, listei quase todas as músicas que ouvi junto de ti, que fizeram a nossa história ainda mais bonita. Tenho essa péssima mania, ligo pessoas a músicas. Quando a pessoa me decepciona, tenho que parar de ouvir aquela música de que tanto gostava para não lembrar da situação, mas ouvindo-as todas agora, uma a uma, estou desligando elas de você, de nós. Assim como me desligo disso tudo nesse momento. 
Fiquei imaginando esse dia, e a montoeira de lágrimas que cairiam em meu colo, mas não. Meus olhos estão secos, prontos para olhar adiante.
As músicas continuam tocando, nós dois juntos tínhamos um ótimo gosto, isso me alegra.
Sabe que várias coisas boas ficaram desse relacionamento desconjuntado? Aprendi que consigo me abrir com outras pessoas, que tenho permissão de para mostrar meu lado frágil, que pequenos momentos as vezes tão simplórios, tem uma magia toda sua. Vi que apesar do mundo parecer pequeno, ele é enorme, cheio de oportunidades e possibilidades. Também descobri, de uma forma não muito agradável, que sei perdoar, passar por cima e ainda assim continuar amando. Conheci um lado meu completamente racional, que sabe jogar muito bem quando precisa, afinal, a vida é um jogo. Mas como em todo fim, o maior aprendizado foi o do amor próprio acima de qualquer amor ou sentimento. 
Mais uma música começou, ahhh essa eu ouvi por dias a fio... "quando te vi passar fiquei paralisado, tremi até o chão como um terremoto no Japão..." uma gracinha essa.
Gostaria que tu soubesse, apesar de talvez não merecer, que fui feliz no tempo em que estive contigo. A poucos dias, percebi que fui ingênua em diversos momentos, mas vi também que se não fosse isso a felicidade não teria sido tão grande, porque eu iria querer mais do que tens a me oferecer e assim ficaria frustada.
Quero que tenhas consciência que te desejo tudo de bom, és uma pessoa maravilhosa, que ainda não tem o mundo nas mão, mas possui as ferramentas para conquistá-lo. Tens a qualidade de saber agradar o outro, dizer aquilo que o outro quer ouvir e isso te levará longe. Sabes ser um amigo fenomenal, digo isso pelo tempo que passei ao teu lado e por tudo que ouço teus amigos falarem de ti.
Espero, de todo coração, que tudo dê certo daqui em diante. Que consigas por teus planos em prática e atingir tuas metas.
Isso era tudo o que eu tinha para te dizer. 
Seja feliz.

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

Insônia



Em uma noite sem nada mais para pensar, a insônia se fez companheira. Ao meu lado na cama, ela me abraça sem me aconchegar. Deixa meus pensamentos tumultuados, iludidos, confusos e sem fim.
Uma vez eu disse para alguém que só escrevia em momentos extremos, em que os sentimentos afloravam de uma forma quase visível. Talvez isso não seja de todo mentira, mas descobri que quando no limbo sentimental, também escrevo. Principalmente quando a insônia me envolve. 
Com a cabeça no travesseiro, lembro da semana, das contas e do coração que bate de leve no peito. Muitas são às vezes em que sinto falta de senti-lo batendo forte, por algum motivo tolo, noutras penso que é melhor assim, pelo menos nessas horas quem manda em mim é a razão.
São dezenas de pensamentos e uma dor na garganta que acabei de descobrir que era angústia, lágrimas que ainda não conseguiram cair.

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Preciso começar a ser menos sentimental e ao mesmo tempo, deixar que as pessoas consigam me comover mais. Ser um pouco menos inocente e junto disso deixar-me levar por doces palavras. Sorrir mais para vida.

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Essa semana fiz 5 anos de Floripa. 
E tirei alguns minutos para pensar no início da nova vida. O desespero em pensar que a cidade era muito grande para ser desbravada, seguido da curiosidade de conhecer cada cantinho do lugar que nos acolhia. A nova fase da vida: faculdade, ou melhor, cursinho pré-vestibular. Pessoas diferentes, roupas diferentes, ruas diferentes. A segurança vinha de saber que o berço era aqui, que eu havia nascido nesse chão e que ele também me pertencia por direito. E depois de 5 anos, tudo está no lugar novamente, a cidade não mais me assusta, a faculdade foi conquistada, os sonhos estão se realizando aos poucos, cada um a seu tempo e a contento de Deus.

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O sono ainda não veio, o choro se apresentou e já me deu adeus. Limbo emocional coisa nenhuma, é angústia mesmo.

domingo, 3 de fevereiro de 2013

escondido


Quem nunca, quando criança se escondeu debaixo da mesa para fugir do bicho-papão ou atrás da cortina para não ser descoberto pela mãe que descobriu uma arte daquelas?
Quem nunca ficou atrás da porta para escutar o que a irmã fofocava com a amiga?
Quem nunca foi criança e aprontou de tudo um pouco?
Bom mesmo é lembrar como é ser criança e quase ser pego no pulo fazendo "coisa errada". Bom mesmo é a adrenalina do escondido ou o gosto doce do proibido.
Da brincadeira de esconde-esconde até a de pega-pega, bom mesmo é ser criança para sempre, uma pena que isso não possa acontecer. Precisamos lembrar diariamente que se esconder debaixo da mesa não faz o tempo parar de correr, que escutar atrás da porta muitas vezes te faz saber de coisas desagradáveis e brincar de esconde-esconde com a vida não dá certo, que toda mentira será descoberta, assim como a criança que se esconde atrás da cortina e que nada vale a pena sem o amor.

sábado, 2 de fevereiro de 2013

É tudo uma questão de educação


Não é preciso ir muito longe para encontrar pessoas parecidas com você, nem mesmo diferente demais.
Em poucos minutos de conversa descobre-se através do sexto sentido que "bate com o seu santo".
Não é preciso ter o sorriso mais aberto e verdadeiro para ser a pessoa mais educada da roda de conhecidos. 
Um mero "Oi, tudo bem?" com um pequeno sorriso e tapinha nas costas já fazem a vez da política da boa vizinhança.
Já pensei nesse gesto como sendo falsidade, mas até o momento não tinha me visto precisando dele para manter as aparências  e uma amizade inestimável,
Você pode até me perguntar se me sinto falsa fazendo isso. Direi a você que que não. Falsa eu seria se mantivesse contato constante, dividisse segredos ou fizesse outras tantas coisas a que a amizade dá liberdade.
Me sinto justa.
Por algum tempo eu queria justiça. Saber quem disse o que, como disse e porque disse.
Talvez tarde demais, percebi que a justiça não virá de mim e, sim da vida. Ela ensina muito melhor do que qualquer vingança ou castigo.Resolvi que as aparências não enganam, mas mantêm a paz. E é tudo o que peço nesse momento: PAZ.
Não preciso de dez ou vinte amigos, 2 ou 3 me são suficientes. Se eles me entenderem, rirem comigo e conseguirem aturar a minha chatice e bipolaridade, já será perfeito. E foi isso que percebi. A cada momento em que eu pensei em justiça perdi um pouco de uma amizade maravilhosa. Resolvi que não.
Preciso me manter sã. Quando não se deve, não se teme. 
É tudo uma questão de educação.