domingo, 15 de abril de 2012

tempo de que?


Temos nosso tempo na vida. Tempo de ser criança, tempo de crescer, tempo de aprender, tempo de curtir, tempo de namorar, tempo para tudo. 
Inúmeras são as vezes que precisamos de tempo para nós, para pensar, refletir, sentir tristeza, se emocionar, colocar a cabeça em ordem, para ficarmos sozinhos, para sentir saudades.
De vez em quando, alguém que muito amamos precisa de tempo pelos mesmos motivos que nós. O problema não é dar o tempo que a pessoa precisa, e sim não se sentir rejeitado, não sentir estranheza, não sentir a falta, não deixar doer o coração.
Essa história de tempo é complicado, para nós pode ser pouco, para o outro pode ser muito. 
Meu medo é deixar o tempo passar e perder o que me é grato por demais e que levei tanto tempo para conquistar.

quinta-feira, 12 de abril de 2012

acorda!



Pare de deixar a vida te fazer de idiota. Acorda para o mundo. Pare de fingir que não viu. Deixe de ficar calado e fale. Esqueça a vergonha. Não de bola para o que os outros vão pensar, não são eles que pagam suas contas, arrumam sua casa, fazem suas provas ou dormem com quem você ama. Acorda! Não deixe a vida passar. Dormindo a gente só sonha, não vive.
Tá na hora de jogar tudo para o alto e decidir o que realmente vale a pena, quem realmente vale a pena. Esquece do passado e pare de se preocupar com o futuro, o presente está aqui, ao alcance das nossas mãos e nenhum de nós batalha por ele.
Falo por dois, ou por mais. Mas preciso começar tudo isso por mim, só que estou cansada de ser mal entendida, de correr correr e nunca chegar, cansada de perguntar e nunca receber uma resposta, cansada de esperar e nada acontecer. Acorda!

domingo, 8 de abril de 2012

diferença indiferente


Às vezes eu odeio ser diferente, pensar diferente, agir diferente.
Odeio ser indiferente a diversas questões. Odeio pensar que é mais fácil e que quem complica são as pessoas.
Sabe outra coisa que odeio? Ser julgada. Odeio pessoas apontando o dedo e dizendo que estou errada, que deveria agir de forma diferente, que preciso mudar meus atos, gestos, roupas, cabelo.
Odeio me sentir horrível por algo que fiz, algo não tão horrível, não tão errado. Algo que se fosse comigo, seria perdoado, passado por cima.
Odeio ter que dar explicações. Odeio dizer o que fiz e porque fiz. Odeio dar satisfações. SIM, ODEIO.
Odeio me sentir um lixo, odeio sentir culpa velada. Odeio sentir culpa. Não me importo de pedir desculpa, acho que isso faz com que a gente cresça e amadureça. 
Odeio fechar duas portas e abrir uma janela. Odeio não conseguir ultrapassar etapas. Odeio me sentir sozinha. Odeio ficar sozinha. Odeio não poder ligar e pedir conselho. Odeio não olhar nos olhos. Odeio sorrisos sem alma. Odeio aparências. Odeio ordens. Odeio charmes. Odeio cenas. Odeio exageros. Odeio não saber o que se passa. Odeio conversar que não acontecem. Odeio olhar para o lado, esperar uma pessoa e ver outra. Odeio perder pessoas. Odeio a ignorância do mundo. Odeio a minha ignorância. Odeio chorar. Odeio não ter quem seque as lágrimas e me diga que elas são idiotas. Odeio sentir que fui intrusa. Odeio ser intrusa. Odeio ficar a deriva. Odeio ficar de lado. Odeio estar no centro. Odeio não saber meu lugar no mundo. Odeio não ter um lugar no mundo. Odeio batalhar todo dia e não ver os frutos. Odeio tentar ser melhor. Odeio esperar que os outros melhorem. Odeio decepções. 
Odeio o que me agonia, sufoca, tira o ar e o chão. Odeio não saber o que fazer, como e o que falar.

emocionante!



Fui em poucos shows na vida, tirando os quatro Planeta Atlântida em que fui, posso contar em dez dedos todos os shows em que compareci e sobram dedos.
No ano passado, uma amiga me convenceu a ir em um festival de pagode para ver Sorriso Maroto, achei que conhecia poucas músicas e que não ia gostar, mas tamanha foi a insistência que acabei comprando o ingresso e indo ao show. Para resumir a noite, fiquei sem voz por uma semana. Não conhecia duas ou três músicas.
Depois, baixei algumas músicas do grupo e as inclui no Ipod, na rotina. Acabei gostando, me identificando com a letras.
Esse ano, surgiu a notícia de que eles viriam novamente para Florianópolis e, novamente essa amiga quis ir. Eu disse que já tinha visto e que não queria ficar sem voz mais uma semana. Dessa vez, ganhei o ingresso por intermédio dela. Fui ao show.
Na segunda música, meus olhos se encheram de lágrimas, não por ver aquelas pessoas cantarem, mas por sentir cada nota da música dentro de mim, por relembrar momentos, por querer pessoas próximas.
À duas horas, acabei de me descobrir fã de um grupo de pagode, o Sorriso Maroto. O vocalista conquistou minha admiração, não por ser  somente bonito ou charmoso, mas pela técnica e domínio de cada nota que entoa, por fazer a gente se sentir dentro de cada música, por parecer ser simpático e amável quando fala com o público.
Senti extremo prazer em ver o Sorriso Maroto tocar essa noite, foi lindo, foi divertido, foi emocionante e renovador, uma pena que o show tenha começado tão tarde.
Agradeço a cada artista brasileiro que tenha a capacidade de fazer com que nós, meros espectadores, nos vejamos em cima do palco cantando ao lado do ídolo a música preferida.

sexta-feira, 6 de abril de 2012

caminhar para um lugar qualquer, sem hora para sair nem para chegar.
escrever para nada, não falar uma palavra em várias linhas.
cantar para ninguém, sem emitir um único som.
dançar sozinha, sem música alguma para acompanhar.