quinta-feira, 25 de agosto de 2011

história de uma amiga da minha amiga.


Ela era só mais uma no meio e outras tantas. Uma criança qualquer, que brincava, sorria, chorava quando caia mas levantava. Ela sempre foi ela, com leves defeitos e imensas qualidades. Ela sempre amou, sempre desejou o amor, mas talvez nunca tenha sido realmente feliz nele. Ela cresceu, resolveu problemas, mudou o jeito, ficou do avesso, disse que era outra e foi. Por um pequeno período ela não foi ela mesma e, se deixou ser como os outros. Até que resolveu que o bom era ser ela. E o ela era diferente. Tornou-se diferente, viu a vida diferente, mudou a vida dela. E a dele. Ele apareceu no caminho dela, muito antes de ela saber que era o coração que pulava quando ele aparecia. Muito antes de ela ver a cor dos olhos dele ela viu o fundo dos olhos, e ela amou, sem saber que ela iria querer ver aquele fundo de olho para sempre. Quando aprendeu as cores, ela soube então que os olhos deles eram castanhos. Olhos fundos que muito pouco sempre disseram a ela.

Ele também foi criança. Brincou com ela de esconde-esconde, polícia e ladrão, amarelinha e taco. Eles nadaram juntos na água do mar, e depois se afastaram. Ficaram longe, só se olhando por muito tempo. Ele também mudou, deixou de ser o menino, virou um moleque, que se apaixonou, infelizmente não por ela. E ela viu ele beijando outras meninas e sofreu. Disse que ia deixa de gostar dele. Fez isso, mas sofreu ainda mais. Quando conseguiu desencantar dele, ele percebeu a essência dela. Se mostrou interessado e conseguiu ela pra ele. E...

...ele a convidou para um cinema, em uma tarde qualquer, como quem não quer nada. Ela não quis, disse que não dava. Na verdade ela tinha outro. Tinha esquecido ele e não quis magoar seu mais novo amor. Resolveu não ir. Ele esqueceu o convite, até duas semanas depois e, ela agradeceu a aquele convite, assim como a terra seca agradece as céus quando a chuva gelada cai sobre ela. Ela tinha acabado de se machucar de novo. Decidiu que não queria mais sofrer. Não foram ao cinema, mas marcaram uma festa com a turma de infância, em um barzinho perto da casa dos dois. Ela sabia que ele sabia o que iria acontecer mas não queria acreditar em seus pensamentos. Se perfumou e colocou a roupa que pensou a deixar mais bela. Chegou cedo, dançou, bebeu e olhou para fora. Viu ele entrando. Lembra da camisa azul e do beijo no rosto, que a fez amolecer e ficar vermelha. Bebeu mais um pouco, descobriu o gosto amargo da tequila e a adrenalina que ela liberava no corpo. Dançou entre ele e um amigo. Resolveu que precisava ir ao banheiro. Voltou e o encontrou aos cochichos com o amigo. Assim que a viu deu um sorriso e veio em sua direção, querendo dançar. Dançaram, enquanto ela amolecia em seus braços ele a perguntava quem cantava aquela múscia, ela, muito tola, caiu na armadilha dele, virou-se para que ele ouvisse a resposta e de resposta recebeu um beijo. Ela flutuou, o chão escapou-lhe dos pés. Ela amou o momento e soube naquele momento que o amava, mas ficou quieta. Não queria assustar quem tinha acabado de chegar ao seu coração. Dançaram mais um pouco, ele disse a ela que já queria aquilo a um tempo e perguntou se ela havia percebido. Ela disse que desconfiará e os dois riram, o primeiro riso que era só deles. Sentaram, conversaram, trocaram beijos e chegou a hora de ir embora. Ele foi antes, era preciso, ela depois. Feliz como um passarinho que acaba de aprender a voar. Dormiu sonhando e com medo.

E a poucos dias 3 anos completaram-se desde esse beijo. 2 anos que tudo terminou se fizeram no início desse.
O fim da história? Ela foi estupidamente imatura, trocou o certo pelo duvidoso, o amor pela aventura, o liberdade de um romance por uma liberdade desmedida. E sim, ela se arrepende, chora ainda.
Ninguém mais ocupou esse lugar, ela acha que ninguém jamais ocupará. Sempre existirá um vazio a ser preenchido, uma mágoa guardada no coração, um arrependimento, a falta do perdão e a dor de um amor descabido.
Ela queria que os sonhos fossem verdadeiros, que as lágrimas fossem de gargalhadas, que os momentos passados longe um do outro fossem lapsos, que nada terminasse sem que ela pudesse explicar o que se passou naqueles dias de dor e medo.

"Não seja leviano com o coração dos outros e não ature gente de coração leviano"

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

mais?



Quero o infinito entre meus dedos, preso em minha mão.
O infinito das emoções, o infinito do tempo, as infinitas escolhas, os infinitos caminhos, as infinitas células do corpo tão infinitas quanto as estrelas e os grãos de areia. Os infinitos momentos em que pedi aos céus para que fossem infitos. Mais uma tatuagem?

Não minta para mim, eu já faço isso suficientemente bem.

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

somos nós

Eu faço aniversário dia 12 de junho, dia em que nós brasileiros conhecemos como Dia dos Namorados. óbvio que acho um dia lindo, afinal é meu aniversário e é quando vemos vários casais juntinhos, curtindo um momento só deles.
Mas sinceramente, nunca havia passado pela minha cabeça que existia o Dia do Solteiro. Achei engraçado, jamais ouvirá falar da data e gostei né, afinal, comemoro dia 12 de junho e 15 de agosto!
Mas falando sério, ultimamente preferia comemorar só o dia 12 de junho. Sim, estou preferindo isso. Tomei como verdade absoluta nesse momento uma frase que compõe uma crônica de Drummond "Namorado é a mais difícil das conquistas...". Fato!
Não é por falta de vontade ou de opção. É falta de um namorado, pura e simplesmente. Falta de alguém que eu queria chamar de meu e que eu me permita ser sua. É falta de sentir ciúmes de alguém. É falta de querer alguém para dividir a vida, é falta de um alguém com quem eu queira dividir a vida. Falta de briga no sábado a noite por causa da saia ou da mensagem no celular e depois falta de com quem fazer as pazes.
Não, não estou triste, deprimida, me sentindo feia ou pouco atraente. Estou bem, feliz, tranquila, aproveitando as amigas, as festas, a faculdade e o trabalho.
Mas que eu queria, ahh eu queria.
Ao contrário do que muitos pensam, é bom namorar. É um aprendizado sem fim. É aprender a ser flexível, é descobrir o significado da palavra ciúme e depois da palavra confiança, é ver filme agarradinhos no sábado a tarde, é fazer do nada de um domingo o melhor momento do mundo, é ter alguém com quem se preocupar e tem alguém para se preocurar com você, é ouvir o Eu Te Amo no momento inesperado e o melhor é se sentir amada. É dividir a vida com quem você acha que mereça. É fazer de uma vida, duas.

Tá bom, foi um tanto meloso para o Dia Do Solteiro, mas as coisas boas de ser solteiro, todo solteiro sabe!

domingo, 7 de agosto de 2011

cia


É a angústia que toma conta, a inveja que pega o seu lugar, a indecisão que decide. Um não sei o que de emoções.
Ser companhia de si mesmo é uma arte, ser companhia de outro é mais fácil, mais prazeroso.
Existem choros a a serem chorados, mágoas a serem sentidas, erros para corrigir, machucados para curar.
Aceitar que a vida nem sempre é como desejamos é mais difícil do que viver.
Não adianta tentar fugir, deixe o sentimento vir e ir a hora que bem entender. Sinta cada parte do seu corpo se contorcer na angústia, depois, descarte. Encare como aprendizado.
Você é amado, é uma boa pessoa, boa companhia, boa em tudo que faz. O que é seu está guardado, para quando o aprendizado for concluído. Aprenda a esperar, uma coisa de casa vez.
A distância não cura mágoas, não acaba com dores, não resolve problemas, não liquida amores.
A distância é mero espaço entre dois corpos, necessário para a reflexão e o aprendizado.
Somente PERMITA-SE, quando for a hora. E, conte comigo sempre, eu amo você.