domingo, 29 de julho de 2012

Turbilhão!!!



Tá tudo errado! Tudo, tudo, tudo!!!
É um vazio sem fim, desses que nem começo tem. 
Aconteceu de uma hora para a outra, sem que você tivesse a chance de segurar um fiapo do último segundo em que tudo estava bem. Pior, você nem sabe o que aconteceu e tem a sensação de que a culpa é toda sua. Não tem por onde começar a consertar, porque não tem a mínima noção do que quebrou.
Existe uma barreira infinita, um olhar gelado, palavras ditas porque precisam ser ditas. Não existe conversa nem entendimento. Só a dor e o sufocamento, as lágrimas e as lembranças. 
Se nos dias de hoje fosse costume mandar revelar fotografias, as que eu tivesse nas mãos já teriam sido rasgadas todas, porque em certos momentos sinto culpa por alguma coisa sem nome, noutros o sentimento é raiva pela idiotice e medo das pessoas, mas na grande maioria das vezes é tristeza profunda. 
Tiraram meu braço ou minha perna sem ao menos me falarem o porque, e o pior de tudo, sem anestésico algum.
Como se em nenhum momento eu tenha sido realmente importante a ponto de agora não ter o direito da conversa, da compreensão do que está acontecendo com você.
Eu não sabia que amor doesse tanto, sempre pensei que amor que machuca não é amor. Descobri estar errada. Nunca o amor cortou tanto a minha pele e me deixou tão vazia.
Está certo, acho que nunca sofri realmente na vida por alguém ou algo. Nunca perdi nada para sempre, quase sempre só ganhei. Ganheie pessoas, amizades, dessabores, experiências.
Mas perder alguém é muito complicado. Perder para a morte dói, mas como a morte é implacável a dor se torna ao menos suportável. Agora, perder para a vida, para algo que você nem sabe o que é, que nem lhe dá chance de lutar, é no mínimo injusto, para não dizer outras coisas.
Penso todos os dias nisso, pelo menos umas 20 vezes por dia e, todas as vezes eu pergunto o por quê disso. E algum dia eu gostaria muito que houvesse respeito por tudo que se passou e eu recebesse explicação, uma convincente, com palavras e frases que signifiquem algo. E que não houvesse medo de machucar, porque não vai machucar mais do que o que machuca agora, pode ter certeza. Vai iniciar um novo ciclo, de uma nova parceria ou não.



sexta-feira, 6 de julho de 2012

tempo tempo tempo



Se eu estivesse de cabeça vazia, sem nada para fazer, até acharia normal que lembranças viessem. Mas no fim de uma semana turbulenta, estudando, é no mínimo estranho. Parece que é para me dizer algo.
Eu já tive voz de pitanga, vozes que junto com a minha viravam uma só. E eu virava outra quando isso acontecia. Outra menina, com outro brilho no olhar, com outro sorriso no rosto. Feliz, feliz, feliz. Era completada pela obra mais linda de Deus: a música.
Tempo bom que não volta.