terça-feira, 28 de julho de 2009

meus joelhos

Sai de casa no alvoroço, pronta para gritar de alegria.

O caminho foi longo e cheio de apreensão.

Cheguei, procurei, encontrei o lugar certo. Apontei, fui descendo o dedo, lendo nome por nome querendo o meu entre todos aqueles.Cheguei ao último e o meu não estava lá.

Meus joelhos não aguentaram o peso do meu corpo. Dobraram.

Minhas mãos no rosto tentavam conter as lágrimasque rolavam. Eu não tinha passado.

No caminho de volta do ginásio, evidências de vitórias pelo chão: cabelos, tinta, ovos quebrados e farinha.

Mais um ano, muito estudo.

Meus joelhos voltaram a dobrar, as mãos no rosto tentavam novamente conter as lágrimas que rolavam pelo rosto, mas os sorrisos ninguém podia segurar. Eu tinha vencido.

sexta-feira, 24 de julho de 2009

A síndrome do 1º emprego

Fiz tanto currículo virtual ontem, que agora a noite, ligando o note para escrever isso, no lugar da senha eu coloquei meu CPF completo, sem pontos ou traços. Eu mereço.

E falando nisso...
Já viu coisa mais complicada do que conseguir o primeiro emprego? Um acanhamento que trás junto o nervosismo, juntamente com a sensação de que as mãos são muito grandes e não ficam bem postas em lugar algum.
A procura do primeiro emprego começa com um grande dilema: CURRÍCULO.
Qual modelo? O que colocar? Como colocar? Com ou sem foto? E mais outras dezenas de pequenos detalhes qe podem tirar ou dar a vaga tão cobiçada a nós.
2º problema: EXPERIÊNCIA. Como? What? É o 1º emprego, 0 experiência profissinal (pelo menos nisso eu não me encaixo)
3º problema: Onde LEVAR o currículo? Inicio de faculdade, não sei nada sobre o meu curso ainda, quer dizer, ele começa semana que vem. Só terei introdução atudo que se possa imaginar. O que eu terei a oferecer na minha área? Que áreas é certo eu querer nessa fase? Que tipo de instituição poderá querer me contratar?
4º probleminha: A ENTREVISTA. Já li dezenas, talvez centenas de reportagens ensinando como se portar em uma entrevista de emprego: Roupas discretas, educação,elegância, delicadeza, boa dicção, boa postura, olhar nos olhos quando falar e ouvir. Tudo o que seu pai e sua mão sempre lhe diziam quando você ia visitar a sua tia-avó.
Não sei qual é o 5º problema, não passei da entrevista ainda, que por assim dizer foi só uma.
No meu primeiríssimo emprego (projeto de emprego) eu não fiz entrevista. Eu fui chamada para trabalhar por que disse a diretora da escola que eu tinha interesse em um cargo de bolsista. No ano letivo seguinte ela me chamou dizendo ter aberto uma vaga que ela era minha se eu a quisesse. OBA! Pulei de alegria (escondido da chefe) por algumas dezenas de reais. Mas valeu a experiência, pelo menos isso e alguns bons cursos eu tenho no meu temível currículo. Me desejem sorte!

Mudando de assunto...
tenho 14 dias pelas frente para ter saudade. Quer dizer, a saudade já começou anteontem 1 milésimo de segundo depois que terminou o último último beijo.
Um celular desligado me deixou bastante preocupada, mas hoje já recebi a notícia de que está tudo bem. Prometo de daqui a 14 dias estarei aqui!

terça-feira, 21 de julho de 2009

sem motivos práticos



E a vontade de escrever voltou. Agoniando, me deixando sem ar, fechando minha garganta. Ela veio explodindo pedindo pra sair para o papel.
Nada a escrever, nada a contar.
A vontade de ficar quietinha com as idéias, pensando. A vontade de fazer nada com você.
A idéia de que o dia de ir embora está chegando. Isso mexe muito comigo, mexe muito dentro de mim. Me deixa agoniada até o dia da volta.
Descobri que não existem motivos práticos para amar alguém.
Ama-se o cheiro, o jeito, o sorriso e o olhar.
Ama-se a falta, a espera, a ida e a vinda.
Ama-se as conversas, os cochilos, as brigas e as pazes.
Ama-se por que é a melhor tristeza quando vai e a maior e melhor alegria quando está de volta.
Ama-se não por motivos práticos, ama-se sem motivos e sem porques.
Ama-se por que é necessário amar.
Ama-se por que foi encontrada a química.
Ama-se por tudo e por nada.
Amo-te por que te encontrei, ou por que nos encontraram.

quarta-feira, 15 de julho de 2009

Vontade de tudo e vontade de nada

Sensível. A tudo.
As cores, as imagens, aos sons, lugares, sabores, cheiros, toques.
Vontade de tudo e vontade de nada.
Complexidade à flor da pele.
Vontade de tudo e vontade de nada.
Jeito de quem sabe o que quer e no instante seguinte se arrepende da escolha.
Vontade de tudo e vontade de nada.
Vontade de sumir e ficar.
Medo de seguir em frente ou retornar ao erro e conserta-lo.
Necessidade de permanecer e esperar acontecer.
Idéia de que tudo acontecerá na hora certa, idéia de que o tempo está passando.
O tempo passa sem a real necessidade de parar.
A vontade de que o tempo pare não passa.

terça-feira, 7 de julho de 2009

"Goste de alguem que te ame, alguém que te espere, alguém que te compreenda mesmo nos momentos de loucura; De alguém que te ajude, que te guie, que seja seu apoio, tua esperança, teu tudo. Goste de alguém que nao te traia, que seja fiel, que sonhe contigo, que só pense em ti, no teu rosto, na tua delicadeza, no teu espírito; E nao só no teu corpo. Goste de alguém que te espere até o final, de alguém que sofra junto contigo, que ria junto a ti, que enxugue tuas lagrimas; Que te abrigues quando necessario, que fique feliz com tuas alegrias e que te dê forças depois de um fracasso. Goste de alguém que volte para conversar depois da briga, depois do desencontro. De alguém que caminhe junto a ti, que seja companheiro, que respeite tuas fantasias, tuas ilusões. Goste de alguém que te ame. Nao goste apenas do amor. Goste de alguém que sinta o mesmo por você!"

sábado, 4 de julho de 2009

ainda bem



O meu recanto, meu lugar encantado. A terra do nunca saiu das histórias diretamente para mim.
Areia branca, com muitas conchinhas com as quais eu enfeitava os castelos que fazia. Um mar calmo e atraente, que pedia para nele tomar banho.
Ruas calmas, pessoas amigas. Doces brincadeiras, lindas amizades. Maravilhosas férias todos os anos.
O paraíso é uma prainha perdida aos pés do Cambirela.
No verão o sol brilha, as pessoas aproveitam a praia de dia e a lua a noite.
No inverno quase tudo vira terra de ninguem.
Hoje chegando em casa, passei por um mercadinho, onde várias vezes na minha vida fui comprar balas, guloseimas, e vi que ele fechou. Fecharam a vendinha da
minha infância.
Que bom que eles não podem fechar minhas memórias.

quinta-feira, 2 de julho de 2009

um momento...



No caminho fui pensando. Imaginando onde você poderia estar, o que estaria fazendo.
Ouvindo uma de nossas tantas músicas a saudade apertou meu peito sem piedade alguma.
Olhei através do vidro da janela, lembrando das dezenas de vezes que haviamos passado por aquelas ruas e das dezenas de conversas que tinhamos compartilhado por aquele caminho.
Desci onde precisava, segui em frente, passo a passo, com a doce ilusão de ter você me esperando. Somente a ilusão.
O portão se abriu, deslizou por sobre as corrediças como se nelas tivesse manteiga derretida. Lembrei de nós andando na beira-mar de uma Lagoa, caminhavamos sob um céu estrelado, em frente a um mar calmo, com a doce brisa tocando nossos rostos como doces beijos de boa noite.
Entrei, acenei ao porteiro a onde eu ia.
A chave gelada em minha mão deixava claro que a casa estaria gelada também. A sala e o quarto as escuras, na cozinha nenhum movimento.
Coloquei a chave na porta e me veio a memória a sua imagem, sentado a mesa trabalhando no computador se virando e sorrindo para mim assim que ouvisse a portase abrindo. Durou segundos a lembrança, fiquei na vontade e na saudade daquele sorriso.
Entrei, senti seu perfume, senti sua falta em cada cantinho daquele lugar. Senti tudo que eu sinto por você, senti que é muito mais do que a linha da segurança permite, e talvez seja isso que me deixe segura.
Eu te amo. 7 dias

quarta-feira, 1 de julho de 2009

saudade de cheiro

Diazinho de folga, de novo. A greve está adiantando as férias. Hoje matando a saudade do meu amor, começamos a falar da saudade do cheiro. Incrível como o cheiro faz falta, como a memória é a coisa insitente e como a a lembrança dele aumenta a saudade.Pensando nisso, lembrei de um texto que escrevi em 2006, estava no 2º ano do ensino médio. Esse texto me rendeu o 2º lugar em um concurso municipal deliteratura. Tenho essa medalha ainda.
Cheiro de mãe

Durante alguns anos de minha infância minha mãe trabalhou fora o dia inteiro e quando chegava em casa cuidava do meu irmão e eu, logo após ia cumprir osseus deveres de dona-de-casa zelosa que era. Ela não tinha muito tempo disponível para me dar atenção e brincar comigo. Para suprir a minha necessidade de"cheiro de mãe" eu pegava a blusa que ela tinha usado durante dia de cima de sua cama e ficava sentada vendo televisão com o bico na boca e a sua blusa sobremeu rosto, que que eu pudesse sentir aquele perfume que me trazia tanta segurança amor e felicidade. Aquele aroma delicado parecia me dizer quanto amor aquelamulher que vivia rapidamente tinha por mim. Algumas vezes, lembro-me da minha mãe um pouco braba, pois eu amassava todas as suas blusas. Anos mais tarde, lembrei-medesses acontecidos, contei para ela o que eu fazia com suas camisas, ela riu e compreendeu, mais ai mesmo tempo, penso que minha mãe, se martirizou naquele momento por trabalhar fora nos primeiros anos de vida, meus e do meu irmão.
8 dias quase 7
Saudades