domingo, 26 de junho de 2011

paixonites


Não sei mais. Sim, desaprendi tudo.
Possuia conhecimento de causa, sabia descrever cada sensação e não controlar as batidas do coração. Sabia que o corpo falava sozinho e que não podia fazer nada a não ser deixar acontecer, ver até onde ia.
Desaprendi a deixar o mundo rodar sozinho, aprendi a controlar as batidas do coração, o frio na barriga, a respiração afegante.
Não sei mais perder o controle, não consigo mais fazer uma ligação tarde da noite para dizer um ''EU TE AMO'', não sei mais me apaixonar. Ñão me deixo apaixonar, não me deixo gostar, não me entrego.
A maldita insegurança fazendo sombra na vida, o ''e se'' antes de todas as frases ditas e não ditas.
A vida vai permanecer sempre assim, para sempre? Nunca mais a falta de apetite, o arrepio na pele, a vontade que o tempo pare? Onde isso se perdeu, em que ponto os limites foram colocados? Como vencê-los? Perguntas diárias, sem resposta alguma.

"não me espere porque eu não volto logo, não nade porque eu me afogo"- Canção pra não voltar.

segunda-feira, 20 de junho de 2011

paixão

Parece que brinca comigo, me faz rir com seu riso de canto, me faz sentir maluca e sã. Arrepia a pele e instiga. Faz tudo no mundo ficar melhor, doce, palpável, a altura das minhas mãos.
Quando cessa fico com gosto de quero mais, com vontade de ter mais daquela sensação.
O corpo se mexe sozinho, seguindo qualquer ritmo.
Suavemente me engloba, me completa, me tira do chão e faz flutuar.
Por tudo isso, cada dia mais me apaixono pela música.

domingo, 12 de junho de 2011

21



Nunca mais adolescente, nunca mais a menina da mamãe, nunca mais a menina de ninguém.
Hoje 21 anos. Apavorada com esse número, na realidade acho que tenho medo de a vida acabar, medo de morrer, medo de ver a vida passar e eu não me permitir ou não conseguir fazer muita coisa.
Descobri que o medo é de envelhecer, não de ficar enrugada, ou com problemas. É medo de o tempo passar muito rápido e quando for a hora de olhar para trás perceber que nada fiz, que nada de bom deixei para os outros e confesso, medo de ficar sozinha, que minhas amigas sigam outros caminhos, que meus pais e avós morram, que minha família mude.
Ontem a noite foi a comemoração, foi uma festa tão boa que por algumas horas esqueci que era meu aniversário, que o tempo havia passado e que estava passanda. Brinquei que a partir de agora os aniversários serão regressivos, ano que vem faço 20 de novo.
To pensando em seguir um conselho ouvido a um tempo atrás e fazer uma lista para daqui a alguns anos, metas, objetivos, vontades, tudo. Uma lista que me guie, um mapa do caminho que deve ser percorrido.
Todo ano é uma data tão feliz, mas nesse eu não consigo ter esse sentimento, to angustiada com esse aniversário, agoniada, indecisa.
Vou esperar essa sensação passar e a felicidade de ontem voltar. Mas já tenho um objetivo traçado: PERMITIR-ME.

quinta-feira, 2 de junho de 2011

DR - dicas de uma solteira



Como se brinca de amor? Quando saber o que fazer? Como agir em situações de "risco"? Você espera ele ligar, mandar mensagem ou até mesmo um email esdrúxulo e ele nada faz, te deixa na espera, em stand by, como se a ele você pertencesse.
Por dias o pensamento voa, o coração dispara, mas nada acontece. Quando você se dá por vencida o telefone toca e o maldito coração bomba. Você se derrete ou ver o número dele no visor do celular. Ele se faz de santo, amigo e lhe convida para jantar, você, como foi pega de surpresa e nada mais fala do que sim, aceita. Vocês saem, a noite é linda, e no dia seguinte você realmente pensa que algo mudou naquele peito de pedra. Passa o dia inteiro esperandando por uma ligação que não vem, nada acontece, novamente.
Tudo se torna um ciclo: tristeza, euforia, ansiedade. Até você se cansar dessa montanha-russa e acordar para dar um basta na situação. Tudo por causa da indecisão dele: não namora, não é só amigo, e quem sofre é você, sempre na mesma angustiante espera da informação necessária para dar o próximo passo.
Homens, mulheres querem estabilidade. Mulheres, sinceramente, penso que os homens gostam de um ultimato quando eles não sabem o que fazer, ou vai ou racha. Dificilmente ele dirá que racha, eles também parecem gostar de estabilidade. Então, será que não está na hora de voltar alguns anos no tempo, na época que um homem de verdade dava a cara a bater e pedia a menina em namoro, onde a mulher dizia sim ou não, e não se fazia de a super-indenpendente-fêmea-louca-por-um-namorado-que-cuide-dela? Onde um homem deixava a insegurança de lado e a mulher mostrava a sua? Ligue se você tem vontade, "corra atrás", mostre que se importa, faça o outro feliz, não provoque ciuminhos bobos (eles podem se tornar doentios), digam um ao outro como gostam da sua companhia, tire um tempo para si mesmos, discutam a relação em voz baixa, conheçam um ao outro.
A pesso certa é aquela que está do seu lado e te faz bem, não aquela que você sonhou a vida toda e que provavelmente irá morrer procurando, caso não aproveite o que tem.