quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

Insônia



Em uma noite sem nada mais para pensar, a insônia se fez companheira. Ao meu lado na cama, ela me abraça sem me aconchegar. Deixa meus pensamentos tumultuados, iludidos, confusos e sem fim.
Uma vez eu disse para alguém que só escrevia em momentos extremos, em que os sentimentos afloravam de uma forma quase visível. Talvez isso não seja de todo mentira, mas descobri que quando no limbo sentimental, também escrevo. Principalmente quando a insônia me envolve. 
Com a cabeça no travesseiro, lembro da semana, das contas e do coração que bate de leve no peito. Muitas são às vezes em que sinto falta de senti-lo batendo forte, por algum motivo tolo, noutras penso que é melhor assim, pelo menos nessas horas quem manda em mim é a razão.
São dezenas de pensamentos e uma dor na garganta que acabei de descobrir que era angústia, lágrimas que ainda não conseguiram cair.

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Preciso começar a ser menos sentimental e ao mesmo tempo, deixar que as pessoas consigam me comover mais. Ser um pouco menos inocente e junto disso deixar-me levar por doces palavras. Sorrir mais para vida.

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Essa semana fiz 5 anos de Floripa. 
E tirei alguns minutos para pensar no início da nova vida. O desespero em pensar que a cidade era muito grande para ser desbravada, seguido da curiosidade de conhecer cada cantinho do lugar que nos acolhia. A nova fase da vida: faculdade, ou melhor, cursinho pré-vestibular. Pessoas diferentes, roupas diferentes, ruas diferentes. A segurança vinha de saber que o berço era aqui, que eu havia nascido nesse chão e que ele também me pertencia por direito. E depois de 5 anos, tudo está no lugar novamente, a cidade não mais me assusta, a faculdade foi conquistada, os sonhos estão se realizando aos poucos, cada um a seu tempo e a contento de Deus.

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O sono ainda não veio, o choro se apresentou e já me deu adeus. Limbo emocional coisa nenhuma, é angústia mesmo.

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