segunda-feira, 3 de maio de 2010

o violinista, parte II

O violinista continua a tocar naquela mesma rua, com o seu mesmo estilo clássico. As notas continuam a ressoar nas paredes velhas e encardidas, nada mudou por ali, só quem passa muda.
Eu mudei. Sou aquela que não para mais para saber qual melodia está saindo daquelas cordas, tocadas pelos dedos morenos. Sou aquela que ainda olha para ver de onde vem o som e aquela que possivelmente desistiu de sonhar com algo impossível.
Tento não prestaR atenção ao choro do violino. Tento não distinguir o conjuto de notas. Acelero meus passos para passar longe da vontade de voltar e apreciar aquela música.
Não tão bem sucedida assim, um sorriso chega aos meus lábios quando todos as notas juntas fazem sentido e descobrem para mim uma peça tão conhecida de todos.
Um sorriso e uma tristeza.

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